14
de agosto
Marcela
Prado1
Hoje,
catorze de agosto é o dia do controle da poluição industrial.
Mas
o que nós temos a ver com isso? Tudo!
Vamos
pensar, com o avanço da tecnologia, o que era feito de forma
artesanal, personalizada e em pequena escala, passou a tomar
proporções maiores, a chamada produção em larga escala, ou seja,
para atender a demanda, era necessário que os produtos estivessem à
disposição da população de forma mais rápida e, se possível,
com um custo menor. Visando atender esse mercado acelerado, foram
criadas máquinas que poderiam fazer o trabalho de vários homens,
trazendo economia de tempo e mão-de-obra. Mas até que ponto isso é
interessante?
O
excesso de consumismo é um dos grandes culpados, não estamos
percebendo que somos nós, aliados aos industriais, os grandes vilões
do crescimento desenfreado da poluição industrial global e o quanto
ela traz prejuízos a nós mesmos.
Esses
gases poluentes decorrentes das indústrias têm uma contribuição
muito alta no aquecimento global, pois alteram a natureza e
prejudicam demasiadamente a qualidade do meio ambiente. Quem vive
próximo a essas indústrias têm seu pulmão exposto diariamente a
um ar muito poluído, que pode resultar inclusive em óbito. A mãe
gestante que inala esses poluentes pode vir a ter um parto prematuro,
a criança a desenvolver doenças respiratórias, entre tantos outros
tristes exemplos.
Mas
o que pode ser feito?
Existem
políticas ambientais nos Estados que incentivam as empresas a terem
maior responsabilidade sócio-ambiental, além do incentivo a
adotarem medidas como o reuso de água, substituição de copos
descartáveis por permanentes, uniformes produzidos a partir de
garrafa pet e algodão orgânico, mas uma das principais ações é a
redução da queima de combustível, gás ou óleo nas empresas que
precisam de calor nas suas atividades, tais como frigoríficos,
madeireiras e laticínios, e há maneiras de filtrar e tratar os
componentes dessa queima para que não poluam ou reduzam a poluição
atmosférica.
Atualmente,
para funcionar, uma fábrica só consegue o alvará se apresentar
planos e estudos ambientais que demonstrem uma quantidade pequena de
poluição. E são feitas visitas periódicas de controle, que
atestam que a fábrica continua obedecendo às normas ambientais.
Cabe
a nós, consumidores, fazermos nossa parte. Afinal, se o consumo é
reduzido, a necessidade de poluição também será.
Vamos
refletir?
1
Especialista em Direito Ambiental Urbano pela UFMT.
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