terça-feira, 25 de julho de 2017

Artigo Lixo Urbano: um problema de todos!

Tudo aquilo que não nos serve mais e decidimos descartar vai para onde? Para o lixo, claro. O grande problema é que a quantidade de lixo produzida nas cidades tem aumentado consideravelmente, atingindo atualmente o número de 1,3 kg de lixo/pessoa.
Não bastasse isso, as cidades estão carentes de coletas seletivas, aterros sanitários, unidades de reciclagem, ou seja, meios que podem minimizar o impacto da produção do lixo urbano em nossos municípios.
Mas engana-se aquele que pensa que o problema é somente dos governantes e não é bom gestor quem culpa a população pela alta produção e descarte inadequado do lixo. Na verdade, o problema é de todos!
Hoje o lixo urbano está tão diferenciado, que tornou-se extremamente importante a coleta seletiva, mas de que adianta o cidadão fazer a seleção em sua residência se a administração municipal ao arrecadar o lixo junta todas as sacolas em um único lugar?
Por outro lado, ao separar o lixo produzido em nossas casas, seguindo a orientação daquelas lixeirinhas coloridas, onde se pode depositar separadamente metal, vidro, papel e plástico, nos dias atuais, já temos locais de coleta para o processamento dos materiais recicláveis, basta enviar cada um ao seu lugar correto.
Tratando ainda do lixo urbano, é necessária a disponibilização por parte do poder público de ao menos um aterro sanitário, que é o local preparado para recebimento dos resíduos sólidos urbanos, ou seja, aqueles não perigosos, domésticos, e deve ser dotado de toda uma estrutura física e de pessoal, afinal o lixo não pode prejudicar o meio ambiente, tampouco a saúde de quem lida com ele.
Os aterros sanitários tem o solo preparado para receber esse tipo de lixo, de maneira que seu entorno não seja contaminado e há um controle sobre a emissão dos gases decorrentes de tal descarte.
Mas sabia que os lixos descartados nos aterros não podem ficar à céu aberto? Isso é uma irregularidade bastante corriqueira nos municípios, que infelizmente a gente vê e acredita tratar-se de procedimento normal. Se um aterro de pequeno porte, ou seja, quando a produção diária é de até 20 toneladas2, permanecer à céu aberto, imagine o prejuízo ao meio ambiente e à população próxima deste local.
O lixo urbano tornou-se um problema tão sério, que a cada dia surgem novos meios de diminuir o impacto causado ao meio ambiente, tais como, as unidades de compostagem, unidade de tratamento mecânico, unidades de autoclavagem, entre outros.
Diante de tantas maneiras de se descartar o lixo urbano e que podem ser utilizadas por pessoas físicas e jurídicas, públicas e privadas, a soma dos esforços de todos nós pode sim diminuir o impacto ambiental causado pelo excesso de descarte praticado diariamente em nossas casas e cujos efeitos serão sentidos por cada um de nós num futuro não muito distante.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Artigo: A florada dos ipês


A florada dos ipês

Marcela Prado1


Perceberam como a cidade está mais bonita nessa época do ano? E essa beleza se estende por todo o Brasil, afinal, começou a temporada de florada dos Ipês (ou Piuvas, como a árvore é chamada no Pantanal).

O nome Ipê significa casca grossa e é uma palavra de origem tupi e no território nacional pode ser visto com mais frequência no cerrado e caatinga, locais onde encontramos o clima mais tropical de nosso país. Mas também estão presentes no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Eles podem ser vistos com flores nas cores amarelas, rosas, brancas e lilás.

Os nomes também variam de acordo com a região, em Mato Grosso são chamados de Piuvas (peúva = árvore da casca), em Goiás de Ipeúna (ipê comum), no Nordeste e Norte Pau d’arco, devido à sua madeira, que é muito utilizada até hoje para fabricação de arco e flecha.

Já parou pra pensar que o ipê floresce exatamente na época em que não esperávamos tamanha beleza na natureza? Inverno, a época da seca, da baixa umidade, das queimadas (que infelizmente ainda são numerosas)…mas há uma finalidade, a florada vem anunciar que a primavera está próxima.


A facilidade de encontrar a árvore no Brasil, aliada à tamanha beleza, encantou o então Presidente Jânio Quadros, que no Projeto de Lei nº 3380/1961, visava declarar o pau-brasil e o ipê-amarelo, respectivamente, árvore e flor Nacionais, porém o projeto foi vetado no tocante ao ipê, e somente o pau-brasil foi declarado árvore nacional, por meio da Lei nº 6607, de 7 de dezembro de 1978.

Mas ele não se intimidou com o veto e por meio de declaração verbal, apoiada pela população brasileira, o ipê se tornou flor nacional do Brasil, forma pela qual é conhecido mundialmente.

Essa bela árvore que pode alcançar 25 metros de altura não tem somente flores bonitas, mas sua casca e entrecasca têm propriedades medicinais (antiflamatórias, antiinfecciosas e cicatrizantes) e podem ser utilizadas para diversos tratamentos, como: dermatites, varizes, amidalites, infecções renais, entre outros.

E sua madeira é de lei, ou seja, considerada uma madeira de qualidade, utilizada na construção civil e naval, portanto, corre o risco de entrar em extinção. Se tem vontade de plantar uma árvore, opte por um ipê.

E por fim, mas não menos importante, podem reparar que o período de florada dos ipês, as folhas vão caindo aos poucos e ficam somente as flores. Essa é uma das características mais marcantes dessa bela árvore.










1 Especialista em Direito Ambiental Urbano pela UFMT.

sábado, 1 de julho de 2017

A Semana do Meio Ambiente e a Conferência de Estocolmo

De 05 a 09 de junho estivemos na chamada Semana do Meio Ambiente!! Você sabe por quê?

Porque o dia 05 de junho foi escolhido como o dia mundial do meio ambiente e esta data não é aleatória, foi definida por ser o dia de início da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, a primeira realizada a nível global, que ocorreu na cidade de Estocolmo (Suécia), em 1972. Ela aconteceu de 05 a 16 de junho de 1972.

Naquela oportunidade, compunham a pauta: os limites da degradação ambiental mundial; mudanças climáticas; qualidade da água; limites para uso de pesticidas na agricultura; redução e solução para a modificação de paisagem; solução para aumento de desastres naturais; dar suporte para o crescimento econômico sem degradar o meio ambiente, entre outros.

A Conferência de Estocolmo, como ficou conhecida, contou com a participação de 113 países e mais de 400 organizações governamentais e não governamentais, e teve um embate interessantíssimo entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos, afinal, era o momento de demonstrar ao mundo que os chamados países desenvolvidos (EUA e países europeus na época) só alcançaram tal patamar com o excesso ou até mesmo esgotamento dos seus recursos naturais, o que criou uma bipartição entre eles e os países subdesenvolvidos, como o Brasil, que enxergavam nessas medidas, uma forma de boicotar o seu desenvolvimento para que nunca chegassem a tamanha economia.

Na verdade, o que estava em discussão era uma forma de não inibir os países de crescerem, mas sim permitir que isso acontecesse de uma forma sustentável. 

A Declaração de Estocolmo sobre o Meio Ambiente Humano conta com 26 princípios que de certa forma abriram a mente do mundo inteiro para a importância da preservação dos recursos naturais, pois foi amplamente demonstrado que eles não são renováveis e seu esgotamento prejudicaria ou nem permitiria um mínimo de qualidade de vida às gerações futuras.

Esses princípios representaram um avanço para a época, não podemos afirmar que foram integralmente obedecidos a nível mundial, mas foi plantada, de forma global, a semente da importância da preservação do meio ambiente.

Agora já sabemos como começou a semana do meio ambiente. Até a próxima!!!