sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Artigo 5 R's

Sempre que falo sobre educação ambiental, principalmente no tocante ao tema “lixo”, explico às pessoas a importância de conhecerem os 5 R’s e não raro, sou indagada se não estou equivocada, pois são 3 R’s...4 R’s...mas confirmo que realmente são cinco!

De fato, a maior divulgação encontrada até hoje, sem dúvida alguma, foi sobre os 3 R’s: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Mas com o passar dos anos, assim como o impacto ambiental ocasionado pelo homem atingiu patamares elevados, foi necessária uma medida mais combativa por parte dos ambientalistas, sendo acrescentados aí o Repensar e Recusar.

Apenas relembrando, quando falamos em Reduzir estamos nos propondo a evitar um consumo exacerbado, desnecessário, evitando o excesso de produção de lixo, e isso implica em escolher produtos melhores cuja qualidade fará com que permaneçam conosco por mais tempo; produtos com refis ou embalagens retornáveis; usar sacola de compras permanente e não as de plástico, em se tratando de compra maior utilização de caixas de papelão; utilizar pilhas recarregáveis, etc.

Reutilizamos, quando damos ao produto um tempo de vida útil maior, ou seja, o papel descartado virar bloco de anotações; a garrafa pet um vaso para jardim vertical; até mesmo a garrafa long neck pode ser transformada em um lindo copo de vidro ou até mesmo uma taça; consertar e não jogar fora aquele eletrodoméstico quebrado também é uma forma de reutilizar.

Reciclar é o mais conhecido dos R’s, afinal quem nunca viu aquelas lixeirinhas de coleta seletiva de lixo? Elas são o primeiro indício de que haverá reciclagem. Como sabemos famílias inteiras têm sua renda graças à reciclagem, que é pegar aquele material que iria para o lixo e transformá-lo em outro produto, economizando água e energia. Exemplo disso são as garrafas pets que podem se tornar o tecido pet, a exemplo da Camisa da Seleção Brasileira utilizada na Copa de 2014; o metal pode ser reciclado e retornar ao mercado em forma de arames, maçanetas, etc.

Pois bem. Depois de relembrarmos os “velhos” conhecidos, falaremos um pouco sobre os dois “novos” R’s: Repensar e Recusar.

Como o próprio nome diz, Repensar significa refletir e é exatamente o que devemos fazer quando queremos adquirir algum produto. Devemos pensar sobre o hábito de consumo como um todo. “Eu realmente preciso desse produto?” “Já tenho um semelhante, o que farei com ele?” “Estou adquirindo um produto que permite um descarte sustentável?” Essas e outras perguntas são necessárias para que seja feito um consumo consciente, da aquisição ao descarte.

E por fim, mas não menos importante, falaremos sobre o quinto R, Recusar! A partir do momento em que estou praticando os quatro erres anteriores, posso e devo recusar produtos que não sejam retornáveis, dar preferência às bebidas acondicionadas em embalagens de vidro ou metal, recusar lâmpadas incandescentes, contribuindo assim para uma menor quantidade de lixo a ser produzida. Recusar é o ápice da preocupação do ser humano com o meio ambiente.

Sim, é uma mudança cultural radical que pode ser feita começando por cada um de nós. A combinação dos 5R’s reduzirá o consumo e consequentemente, a quantidade de lixo produzida, principalmente o desperdício, garantindo assim um mundo mais sustentável para as gerações futuras.


segunda-feira, 14 de agosto de 2017

14 de agosto: Dia do Controle da Poluição Industrial



14 de agosto

Marcela Prado1


Hoje, catorze de agosto é o dia do controle da poluição industrial.
Mas o que nós temos a ver com isso? Tudo!
Vamos pensar, com o avanço da tecnologia, o que era feito de forma artesanal, personalizada e em pequena escala, passou a tomar proporções maiores, a chamada produção em larga escala, ou seja, para atender a demanda, era necessário que os produtos estivessem à disposição da população de forma mais rápida e, se possível, com um custo menor. Visando atender esse mercado acelerado, foram criadas máquinas que poderiam fazer o trabalho de vários homens, trazendo economia de tempo e mão-de-obra. Mas até que ponto isso é interessante?
O excesso de consumismo é um dos grandes culpados, não estamos percebendo que somos nós, aliados aos industriais, os grandes vilões do crescimento desenfreado da poluição industrial global e o quanto ela traz prejuízos a nós mesmos.
Esses gases poluentes decorrentes das indústrias têm uma contribuição muito alta no aquecimento global, pois alteram a natureza e prejudicam demasiadamente a qualidade do meio ambiente. Quem vive próximo a essas indústrias têm seu pulmão exposto diariamente a um ar muito poluído, que pode resultar inclusive em óbito. A mãe gestante que inala esses poluentes pode vir a ter um parto prematuro, a criança a desenvolver doenças respiratórias, entre tantos outros tristes exemplos.
Mas o que pode ser feito?
Existem políticas ambientais nos Estados que incentivam as empresas a terem maior responsabilidade sócio-ambiental, além do incentivo a adotarem medidas como o reuso de água, substituição de copos descartáveis por permanentes, uniformes produzidos a partir de garrafa pet e algodão orgânico, mas uma das principais ações é a redução da queima de combustível, gás ou óleo nas empresas que precisam de calor nas suas atividades, tais como frigoríficos, madeireiras e laticínios, e há maneiras de filtrar e tratar os componentes dessa queima para que não poluam ou reduzam a poluição atmosférica.
Atualmente, para funcionar, uma fábrica só consegue o alvará se apresentar planos e estudos ambientais que demonstrem uma quantidade pequena de poluição. E são feitas visitas periódicas de controle, que atestam que a fábrica continua obedecendo às normas ambientais.
Cabe a nós, consumidores, fazermos nossa parte. Afinal, se o consumo é reduzido, a necessidade de poluição também será.
Vamos refletir?











1 Especialista em Direito Ambiental Urbano pela UFMT.




quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Fica a dica: Exposição Lixo é Quase Nada

Olá!

Estive na abertura da exposição Lixo é Quase Nada no Sesc Arsenal e recomendo que visitem-na, independente de você ser ambientalista ou não, vale a pena saber tudo o que pode ser feito com o material que inicialmente seria descartado, os números alcançados com o descarte e como isso tudo pode ser transformado, principalmente por meio da reciclagem.

Como já afirmei aqui no blog, cada um de nós produz diariamente 1,3 kg de lixo por dia e o problema socioambiental que isso vem ocasionando está transformando nossas casas, Cidades, Estados e mundo em um verdadeiro lixão. 

A exposição é itinerante, já passou por alguns Estados e é voltada para a educação ambiental e nos leva a questionar culturalmente como agimos e o que deveríamos fazer com o lixo que produzimos, convidando-nos a promover um novo comportamento a partir do momento em que adquirimos esse conhecimento sustentável. 

E pra quem quiser aprofundar, são ofertadas oficinas no período de 03 a 25 de agosto, basta entrar em contato com o Sesc Arsenal para maiores informações.

Lixo é Quase Nada acontece no Salão Social do Sesc Arsenal, no período de 02 a 26 de agosto de 2017, das 14 às 22h. Reserve um tempo para visitá-la. Fica a dica!



terça-feira, 8 de agosto de 2017

Artigo: Você tem sede de quê?



Esses dias estava ouvindo duas crianças cantando uma música que tem sido ensinada no jardim de infância e me chamou a atenção parte da letra: “...o sapo se mandou, o lambari morreu, porque o ribeirão secou...”

Perguntei de onde era essa música e elas me disseram que é da escola onde estudam e a professora falou que tem que cuidar do meio ambiente, principalmente da água, porque se ela acabar isso tudo vai acontecer.

Fiquei feliz ao ouvir a explicação. Crianças de três/quatro anos aprendendo o quão importante é a água em nossas vidas e mais, que sem ela todos os seres vivos morrerão.

Se essa conscientização ambiental se tornar prática cotidiana nas escolas desde as mais tenras idades, poderemos, com o passar dos anos, ensinar que a água é um direito de todos, que existe uma política nacional de recursos hídricos, que procura assegurar esse direito não só a nós, que estamos aqui hoje, mas também às gerações futuras, e isso só será possível se cada um de nós fizer sua parte, principalmente na economia de seu uso.

Você sabia que a água tem proteção jurídica mundial? Inclusive a ONU definiu que estamos na Década Internacional da Água, tamanha a preocupação que o planeta precisa ter face o risco de ficar desabastecido desse bem tão precioso.

E mais, a Terra é composta de 75% de água, porém pouco mais de 2% (dois por cento) é própria para consumo humano e com o crescimento da população, aumentam também os índices depoluição, o consumo desenfreado desse bem comum que, a princípio, seria mais do que suficiente para vivermos se houvesse conscientização do seu uso.

Nascemos, crescemos, estudamos e esquecemos tudo o que aprendemos quando crianças, a correria do dia a dia nos faz mais espertos para tanta situação e esquecemos do básico. Precisamos da água para sobreviver e a desperdiçamos em todas as oportunidades diárias, seja no momento de higiene pessoal, durante a lavagem de automóveis e utensílios, do jardim, da casa, das roupas...

Essas crianças que hoje aprendem sobre a educação ambiental estão nos lembrando que um dia também tivemos essa consciência e precisamos retomá-la.

Oxalá o mundo consiga acordar e ter o mesmo fim que a música a qual me referi lá no começo do texto...”O sapo então voltou, o lambari 'viveu', porque o ribeirão encheu...”