sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Artigo 5 R's

Sempre que falo sobre educação ambiental, principalmente no tocante ao tema “lixo”, explico às pessoas a importância de conhecerem os 5 R’s e não raro, sou indagada se não estou equivocada, pois são 3 R’s...4 R’s...mas confirmo que realmente são cinco!

De fato, a maior divulgação encontrada até hoje, sem dúvida alguma, foi sobre os 3 R’s: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Mas com o passar dos anos, assim como o impacto ambiental ocasionado pelo homem atingiu patamares elevados, foi necessária uma medida mais combativa por parte dos ambientalistas, sendo acrescentados aí o Repensar e Recusar.

Apenas relembrando, quando falamos em Reduzir estamos nos propondo a evitar um consumo exacerbado, desnecessário, evitando o excesso de produção de lixo, e isso implica em escolher produtos melhores cuja qualidade fará com que permaneçam conosco por mais tempo; produtos com refis ou embalagens retornáveis; usar sacola de compras permanente e não as de plástico, em se tratando de compra maior utilização de caixas de papelão; utilizar pilhas recarregáveis, etc.

Reutilizamos, quando damos ao produto um tempo de vida útil maior, ou seja, o papel descartado virar bloco de anotações; a garrafa pet um vaso para jardim vertical; até mesmo a garrafa long neck pode ser transformada em um lindo copo de vidro ou até mesmo uma taça; consertar e não jogar fora aquele eletrodoméstico quebrado também é uma forma de reutilizar.

Reciclar é o mais conhecido dos R’s, afinal quem nunca viu aquelas lixeirinhas de coleta seletiva de lixo? Elas são o primeiro indício de que haverá reciclagem. Como sabemos famílias inteiras têm sua renda graças à reciclagem, que é pegar aquele material que iria para o lixo e transformá-lo em outro produto, economizando água e energia. Exemplo disso são as garrafas pets que podem se tornar o tecido pet, a exemplo da Camisa da Seleção Brasileira utilizada na Copa de 2014; o metal pode ser reciclado e retornar ao mercado em forma de arames, maçanetas, etc.

Pois bem. Depois de relembrarmos os “velhos” conhecidos, falaremos um pouco sobre os dois “novos” R’s: Repensar e Recusar.

Como o próprio nome diz, Repensar significa refletir e é exatamente o que devemos fazer quando queremos adquirir algum produto. Devemos pensar sobre o hábito de consumo como um todo. “Eu realmente preciso desse produto?” “Já tenho um semelhante, o que farei com ele?” “Estou adquirindo um produto que permite um descarte sustentável?” Essas e outras perguntas são necessárias para que seja feito um consumo consciente, da aquisição ao descarte.

E por fim, mas não menos importante, falaremos sobre o quinto R, Recusar! A partir do momento em que estou praticando os quatro erres anteriores, posso e devo recusar produtos que não sejam retornáveis, dar preferência às bebidas acondicionadas em embalagens de vidro ou metal, recusar lâmpadas incandescentes, contribuindo assim para uma menor quantidade de lixo a ser produzida. Recusar é o ápice da preocupação do ser humano com o meio ambiente.

Sim, é uma mudança cultural radical que pode ser feita começando por cada um de nós. A combinação dos 5R’s reduzirá o consumo e consequentemente, a quantidade de lixo produzida, principalmente o desperdício, garantindo assim um mundo mais sustentável para as gerações futuras.


segunda-feira, 14 de agosto de 2017

14 de agosto: Dia do Controle da Poluição Industrial



14 de agosto

Marcela Prado1


Hoje, catorze de agosto é o dia do controle da poluição industrial.
Mas o que nós temos a ver com isso? Tudo!
Vamos pensar, com o avanço da tecnologia, o que era feito de forma artesanal, personalizada e em pequena escala, passou a tomar proporções maiores, a chamada produção em larga escala, ou seja, para atender a demanda, era necessário que os produtos estivessem à disposição da população de forma mais rápida e, se possível, com um custo menor. Visando atender esse mercado acelerado, foram criadas máquinas que poderiam fazer o trabalho de vários homens, trazendo economia de tempo e mão-de-obra. Mas até que ponto isso é interessante?
O excesso de consumismo é um dos grandes culpados, não estamos percebendo que somos nós, aliados aos industriais, os grandes vilões do crescimento desenfreado da poluição industrial global e o quanto ela traz prejuízos a nós mesmos.
Esses gases poluentes decorrentes das indústrias têm uma contribuição muito alta no aquecimento global, pois alteram a natureza e prejudicam demasiadamente a qualidade do meio ambiente. Quem vive próximo a essas indústrias têm seu pulmão exposto diariamente a um ar muito poluído, que pode resultar inclusive em óbito. A mãe gestante que inala esses poluentes pode vir a ter um parto prematuro, a criança a desenvolver doenças respiratórias, entre tantos outros tristes exemplos.
Mas o que pode ser feito?
Existem políticas ambientais nos Estados que incentivam as empresas a terem maior responsabilidade sócio-ambiental, além do incentivo a adotarem medidas como o reuso de água, substituição de copos descartáveis por permanentes, uniformes produzidos a partir de garrafa pet e algodão orgânico, mas uma das principais ações é a redução da queima de combustível, gás ou óleo nas empresas que precisam de calor nas suas atividades, tais como frigoríficos, madeireiras e laticínios, e há maneiras de filtrar e tratar os componentes dessa queima para que não poluam ou reduzam a poluição atmosférica.
Atualmente, para funcionar, uma fábrica só consegue o alvará se apresentar planos e estudos ambientais que demonstrem uma quantidade pequena de poluição. E são feitas visitas periódicas de controle, que atestam que a fábrica continua obedecendo às normas ambientais.
Cabe a nós, consumidores, fazermos nossa parte. Afinal, se o consumo é reduzido, a necessidade de poluição também será.
Vamos refletir?











1 Especialista em Direito Ambiental Urbano pela UFMT.




quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Fica a dica: Exposição Lixo é Quase Nada

Olá!

Estive na abertura da exposição Lixo é Quase Nada no Sesc Arsenal e recomendo que visitem-na, independente de você ser ambientalista ou não, vale a pena saber tudo o que pode ser feito com o material que inicialmente seria descartado, os números alcançados com o descarte e como isso tudo pode ser transformado, principalmente por meio da reciclagem.

Como já afirmei aqui no blog, cada um de nós produz diariamente 1,3 kg de lixo por dia e o problema socioambiental que isso vem ocasionando está transformando nossas casas, Cidades, Estados e mundo em um verdadeiro lixão. 

A exposição é itinerante, já passou por alguns Estados e é voltada para a educação ambiental e nos leva a questionar culturalmente como agimos e o que deveríamos fazer com o lixo que produzimos, convidando-nos a promover um novo comportamento a partir do momento em que adquirimos esse conhecimento sustentável. 

E pra quem quiser aprofundar, são ofertadas oficinas no período de 03 a 25 de agosto, basta entrar em contato com o Sesc Arsenal para maiores informações.

Lixo é Quase Nada acontece no Salão Social do Sesc Arsenal, no período de 02 a 26 de agosto de 2017, das 14 às 22h. Reserve um tempo para visitá-la. Fica a dica!



terça-feira, 8 de agosto de 2017

Artigo: Você tem sede de quê?



Esses dias estava ouvindo duas crianças cantando uma música que tem sido ensinada no jardim de infância e me chamou a atenção parte da letra: “...o sapo se mandou, o lambari morreu, porque o ribeirão secou...”

Perguntei de onde era essa música e elas me disseram que é da escola onde estudam e a professora falou que tem que cuidar do meio ambiente, principalmente da água, porque se ela acabar isso tudo vai acontecer.

Fiquei feliz ao ouvir a explicação. Crianças de três/quatro anos aprendendo o quão importante é a água em nossas vidas e mais, que sem ela todos os seres vivos morrerão.

Se essa conscientização ambiental se tornar prática cotidiana nas escolas desde as mais tenras idades, poderemos, com o passar dos anos, ensinar que a água é um direito de todos, que existe uma política nacional de recursos hídricos, que procura assegurar esse direito não só a nós, que estamos aqui hoje, mas também às gerações futuras, e isso só será possível se cada um de nós fizer sua parte, principalmente na economia de seu uso.

Você sabia que a água tem proteção jurídica mundial? Inclusive a ONU definiu que estamos na Década Internacional da Água, tamanha a preocupação que o planeta precisa ter face o risco de ficar desabastecido desse bem tão precioso.

E mais, a Terra é composta de 75% de água, porém pouco mais de 2% (dois por cento) é própria para consumo humano e com o crescimento da população, aumentam também os índices depoluição, o consumo desenfreado desse bem comum que, a princípio, seria mais do que suficiente para vivermos se houvesse conscientização do seu uso.

Nascemos, crescemos, estudamos e esquecemos tudo o que aprendemos quando crianças, a correria do dia a dia nos faz mais espertos para tanta situação e esquecemos do básico. Precisamos da água para sobreviver e a desperdiçamos em todas as oportunidades diárias, seja no momento de higiene pessoal, durante a lavagem de automóveis e utensílios, do jardim, da casa, das roupas...

Essas crianças que hoje aprendem sobre a educação ambiental estão nos lembrando que um dia também tivemos essa consciência e precisamos retomá-la.

Oxalá o mundo consiga acordar e ter o mesmo fim que a música a qual me referi lá no começo do texto...”O sapo então voltou, o lambari 'viveu', porque o ribeirão encheu...”

terça-feira, 25 de julho de 2017

Artigo Lixo Urbano: um problema de todos!

Tudo aquilo que não nos serve mais e decidimos descartar vai para onde? Para o lixo, claro. O grande problema é que a quantidade de lixo produzida nas cidades tem aumentado consideravelmente, atingindo atualmente o número de 1,3 kg de lixo/pessoa.
Não bastasse isso, as cidades estão carentes de coletas seletivas, aterros sanitários, unidades de reciclagem, ou seja, meios que podem minimizar o impacto da produção do lixo urbano em nossos municípios.
Mas engana-se aquele que pensa que o problema é somente dos governantes e não é bom gestor quem culpa a população pela alta produção e descarte inadequado do lixo. Na verdade, o problema é de todos!
Hoje o lixo urbano está tão diferenciado, que tornou-se extremamente importante a coleta seletiva, mas de que adianta o cidadão fazer a seleção em sua residência se a administração municipal ao arrecadar o lixo junta todas as sacolas em um único lugar?
Por outro lado, ao separar o lixo produzido em nossas casas, seguindo a orientação daquelas lixeirinhas coloridas, onde se pode depositar separadamente metal, vidro, papel e plástico, nos dias atuais, já temos locais de coleta para o processamento dos materiais recicláveis, basta enviar cada um ao seu lugar correto.
Tratando ainda do lixo urbano, é necessária a disponibilização por parte do poder público de ao menos um aterro sanitário, que é o local preparado para recebimento dos resíduos sólidos urbanos, ou seja, aqueles não perigosos, domésticos, e deve ser dotado de toda uma estrutura física e de pessoal, afinal o lixo não pode prejudicar o meio ambiente, tampouco a saúde de quem lida com ele.
Os aterros sanitários tem o solo preparado para receber esse tipo de lixo, de maneira que seu entorno não seja contaminado e há um controle sobre a emissão dos gases decorrentes de tal descarte.
Mas sabia que os lixos descartados nos aterros não podem ficar à céu aberto? Isso é uma irregularidade bastante corriqueira nos municípios, que infelizmente a gente vê e acredita tratar-se de procedimento normal. Se um aterro de pequeno porte, ou seja, quando a produção diária é de até 20 toneladas2, permanecer à céu aberto, imagine o prejuízo ao meio ambiente e à população próxima deste local.
O lixo urbano tornou-se um problema tão sério, que a cada dia surgem novos meios de diminuir o impacto causado ao meio ambiente, tais como, as unidades de compostagem, unidade de tratamento mecânico, unidades de autoclavagem, entre outros.
Diante de tantas maneiras de se descartar o lixo urbano e que podem ser utilizadas por pessoas físicas e jurídicas, públicas e privadas, a soma dos esforços de todos nós pode sim diminuir o impacto ambiental causado pelo excesso de descarte praticado diariamente em nossas casas e cujos efeitos serão sentidos por cada um de nós num futuro não muito distante.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Artigo: A florada dos ipês


A florada dos ipês

Marcela Prado1


Perceberam como a cidade está mais bonita nessa época do ano? E essa beleza se estende por todo o Brasil, afinal, começou a temporada de florada dos Ipês (ou Piuvas, como a árvore é chamada no Pantanal).

O nome Ipê significa casca grossa e é uma palavra de origem tupi e no território nacional pode ser visto com mais frequência no cerrado e caatinga, locais onde encontramos o clima mais tropical de nosso país. Mas também estão presentes no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Eles podem ser vistos com flores nas cores amarelas, rosas, brancas e lilás.

Os nomes também variam de acordo com a região, em Mato Grosso são chamados de Piuvas (peúva = árvore da casca), em Goiás de Ipeúna (ipê comum), no Nordeste e Norte Pau d’arco, devido à sua madeira, que é muito utilizada até hoje para fabricação de arco e flecha.

Já parou pra pensar que o ipê floresce exatamente na época em que não esperávamos tamanha beleza na natureza? Inverno, a época da seca, da baixa umidade, das queimadas (que infelizmente ainda são numerosas)…mas há uma finalidade, a florada vem anunciar que a primavera está próxima.


A facilidade de encontrar a árvore no Brasil, aliada à tamanha beleza, encantou o então Presidente Jânio Quadros, que no Projeto de Lei nº 3380/1961, visava declarar o pau-brasil e o ipê-amarelo, respectivamente, árvore e flor Nacionais, porém o projeto foi vetado no tocante ao ipê, e somente o pau-brasil foi declarado árvore nacional, por meio da Lei nº 6607, de 7 de dezembro de 1978.

Mas ele não se intimidou com o veto e por meio de declaração verbal, apoiada pela população brasileira, o ipê se tornou flor nacional do Brasil, forma pela qual é conhecido mundialmente.

Essa bela árvore que pode alcançar 25 metros de altura não tem somente flores bonitas, mas sua casca e entrecasca têm propriedades medicinais (antiflamatórias, antiinfecciosas e cicatrizantes) e podem ser utilizadas para diversos tratamentos, como: dermatites, varizes, amidalites, infecções renais, entre outros.

E sua madeira é de lei, ou seja, considerada uma madeira de qualidade, utilizada na construção civil e naval, portanto, corre o risco de entrar em extinção. Se tem vontade de plantar uma árvore, opte por um ipê.

E por fim, mas não menos importante, podem reparar que o período de florada dos ipês, as folhas vão caindo aos poucos e ficam somente as flores. Essa é uma das características mais marcantes dessa bela árvore.










1 Especialista em Direito Ambiental Urbano pela UFMT.

sábado, 1 de julho de 2017

A Semana do Meio Ambiente e a Conferência de Estocolmo

De 05 a 09 de junho estivemos na chamada Semana do Meio Ambiente!! Você sabe por quê?

Porque o dia 05 de junho foi escolhido como o dia mundial do meio ambiente e esta data não é aleatória, foi definida por ser o dia de início da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, a primeira realizada a nível global, que ocorreu na cidade de Estocolmo (Suécia), em 1972. Ela aconteceu de 05 a 16 de junho de 1972.

Naquela oportunidade, compunham a pauta: os limites da degradação ambiental mundial; mudanças climáticas; qualidade da água; limites para uso de pesticidas na agricultura; redução e solução para a modificação de paisagem; solução para aumento de desastres naturais; dar suporte para o crescimento econômico sem degradar o meio ambiente, entre outros.

A Conferência de Estocolmo, como ficou conhecida, contou com a participação de 113 países e mais de 400 organizações governamentais e não governamentais, e teve um embate interessantíssimo entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos, afinal, era o momento de demonstrar ao mundo que os chamados países desenvolvidos (EUA e países europeus na época) só alcançaram tal patamar com o excesso ou até mesmo esgotamento dos seus recursos naturais, o que criou uma bipartição entre eles e os países subdesenvolvidos, como o Brasil, que enxergavam nessas medidas, uma forma de boicotar o seu desenvolvimento para que nunca chegassem a tamanha economia.

Na verdade, o que estava em discussão era uma forma de não inibir os países de crescerem, mas sim permitir que isso acontecesse de uma forma sustentável. 

A Declaração de Estocolmo sobre o Meio Ambiente Humano conta com 26 princípios que de certa forma abriram a mente do mundo inteiro para a importância da preservação dos recursos naturais, pois foi amplamente demonstrado que eles não são renováveis e seu esgotamento prejudicaria ou nem permitiria um mínimo de qualidade de vida às gerações futuras.

Esses princípios representaram um avanço para a época, não podemos afirmar que foram integralmente obedecidos a nível mundial, mas foi plantada, de forma global, a semente da importância da preservação do meio ambiente.

Agora já sabemos como começou a semana do meio ambiente. Até a próxima!!! 



sexta-feira, 9 de junho de 2017

Poluição Visual nas Cidades

    Quando falamos em poluição, logo vem à nossa mente a imagem de lixo, poeira, fumaça e acabamos esquecendo que a poluição pode ser visual, sonora, atmosférica, das águas, dos solos, enfim, o meio ambiente é degradado por tantas outras formas de poluição e pouco nos atentamos a isso.
Como é bacana passear pela cidade e ver aqueles outdoors, painéis eletrônicos em LED, aquela faixa de liquidação da loja que você passa em frente e fica de olho nos preços... Pois é, mas esse excesso banaliza o meio ambiente e se chama poluição visual.
E é um tipo de poluição muito presente nas cidades e cada vez mais frequente, que tem ofuscado a beleza dos municípios, pois além de 'competir' com a paisagem urbanística, pois chama muito mais a atenção de cada um de nós, em algumas situações, chega a atrapalhar os condutores de veículos e motos, como é o caso dos painéis eletrônicos, onde somos praticamente obrigados a desviar o olhar, com tanta iluminação quase 'gritando': “olhe pra cá”! Isso já foi motivo de muita discussão entre autoridades municipais, publicitários e ambientalistas, mas solução, até o momento nenhuma.
A consciência ambiental acerca da poluição visual nas cidades precisa ser estudada também pelos poderes públicos, pois a fiação subterrânea (onde cabos de energia elétrica, telefone e TV a cabo ficam abaixo da superfície), já é utilizada nos centros históricos dos principais municípios do país, permitindo a apreciação da beleza dos casarões e ruas antigos, sua arquitetura, o que não é possível quando a fiação é aérea.
A poluição visual agride o meio ambiente urbano e nós, enquanto frequentadores desse ambiente, também sofremos os resultados dessa agressão, seja por meio do excesso de publicidade, da ausência total de consciência política nos períodos eleitorais, da falta de bom senso durante festividades e competições esportivas realizadas nas ruas, onde a quantidade de lixo deixada para trás após o fim do evento é extremamente grande.
A paisagem urbana merece respeito e precisa ser vista, o que seria de nós sem as sinalizações de trânsito, faixas para pedestres, telefones públicos? Até mesmo as espécies de árvores a serem plantadas para compor o meio ambiente urbanístico são específicas. Sim, afinal a paisagem urbana é composta pela soma da paisagem natural e cultural.
Não sejamos utópicos tampouco hipócritas em acreditar que a questão socioambiental, especificamente a poluição visual, será corrigida imediatamente no meio ambiente urbano, mas convém uma reflexão individual, empresarial, dos gestores públicos, no sentido de compreender o quão seremos beneficiados se tivermos consciência ambiental.
Ganha a cidade, ganha o povo, mas, principalmente, o meio ambiente urbano, que menos agredido, fica mais equilibrado.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Fica a dica!



Olá!!! Olha que fofo esse desenho que achei hoje no site Sincronia Ambiental. Hoje comemoramos o dia do Apicultor, aquele profissional que cria abelhas para obtenção de mel, cera, pólen, etc.
Nossos parabéns aos apicultores!!!

Imagem: https://sincroniambiental.wordpress.com/page/2/

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Seu condomínio é verde?

Há alguns anos trocamos nossas moradias em bairros abertos por condomínios fechados, principalmente por questão de segurança, o que nos tornou de certa forma, prisioneiros na própria casa, cercados de grades e segurança 24h, burocracia demasiada para receber uma visita, porém, algo necessário para nosso bem-estar.

Mas diante de tal substituição, não podemos esquecer que os condomínios possuem áreas verdes que devem ser cuidadas pelo seu administrador, mas também, devemos ter consciência ambiental para praticar a preservação e implementar meios sustentáveis que ensinem seus moradores o princípio de educação ambiental.

Interessante começar pela teoria 3Rs – Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Rezudir implica na diminuição da quantidade de lixo produzido, e, consequentemente, da emissão de poluentes produzidos pelo homem no meio ambiente. Reutilizar é reaproveitar algo que seria jogado fora, reutilizando-o. E, por fim, reciclar, que é transformar aquele produto que seria descartado em algo útil.

A primeira mudança pode ocorrer na coleta seletiva, a fim de destinar de forma correta os resíduos sólidos do condomínio (lixo), aprendendo que devemos reduzi-la e por meio da coleta seletiva ele pode ser reciclado, há, no Brasil, condomínios que reciclam as latas de bebidas e refrigerantes o ano todo, e o valor da venda daquele material é utilizado em benefício dele próprio e, ainda, a reutilização, também pode trazer inúmeros benefícios, pois garrafas Pet's podem ser transformadas em assentos nas brinquedotecas e áreas infantis do local, o mobiliário de uso comum pode ser consertado ao invés de descartado, entre tantas outras medidas sustentáveis.

Interessante também a reutilização da água da chuva nos condomínios, que pode ser feita por meio da criação de um sistema de captação, onde diversas caixas de água armazenariam a água da chuva, que seria na lavagem das áreas comuns do condomínio, irrigação do jardim, trazendo uma grande economia nas contas de água.

Outra medida sustentável seria a remessa do boleto do condomínio diretamente no e-mail dos proprietários, afinal a maioria efetua os pagamentos diretamente pela internet, sendo totalmente desnecessário o gasto dispendido com papel e tinta de impressora.

E como últimas sugestões temos as luzes com temporizador para as áreas comuns do condomínio; instalação de medidores individuais de gás e água, pois a ideia do coletivo faz com que muitos utilizem tais serviços de forma desregrada; e, por fim, utilizar de energia solar para aquecer a água do chuveiro, reduzindo assim, o custo com energia elétrica.

Se seu condomínio ainda não for verde (sustentável), interessante estudar, planejar e começar a implantar algumas dessas ideias. O meio ambiente agradece!



sexta-feira, 12 de maio de 2017

Fica a dica!!!




A coleta seletiva é aquela onde há separação do lixo orgânico daquilo que pode ser reciclado. Para tanto, os coletores são pintados de cores diferentes como os da foto acima, e alguns são mais detalhados, indicando o tipo de material a ser depositado (plástico, papel, vidro metal...).

O lixo orgânico compreende os restos de origem animal ou vegetal. É o lixo caseiro...que provoca mau cheiro, prolifera bactérias e por isso deve ser encaminhado ao aterro sanitário para que seja feito o correto gerenciamento. Ele pode até ser usado para fabricar adubos orgânicos. 

O lixo reciclável transformado pode  virar de papel à camisa da Seleção Brasileira utilizada na Copa de 2014. 

Fica a dica!






segunda-feira, 8 de maio de 2017

Arborização urbana

Em cidades quentes como Cuiabá é muito bom poder parar à sombra de uma árvore para uma pausa não é?
E você sabia que a arborização urbana não é composta somente das árvores nas calçadas? Ela compreende àquelas que encontramos nos parques da cidade, nas praças, no jardim de uma casa, enfim, em toda a extensão de cada município brasileiro.
A diferença é que as que estão no seu terreno são privadas, você é quem planta e cuida e as dos espaços comuns da população são públicas, a administração municipal é quem tem o dever de zelar por elas.
A finalidade da arborização urbana é reduzir o impacto causado pelas ilhas de calor que são formadas devido ao excesso de construções (concretos) nas cidades, melhorando assim a qualidade do ar que respiramos.
E para que isso ocorra, os órgãos públicos não podem sair plantando por aí sem qualquer planejamento. Algumas regras precisam ser obedecidas.
Devem ser observados espaços mínimos de 1,20m para que o pedestre possa circular, as árvores de pequeno porte poderão ser plantadas em calçadas com largura entre um metro e meio e dois metros, de médio porte entre dois e quatro metros e de grande porte somente em calçadas com largura superior a três metros.
Mas como saber se a árvore tem pequeno, médio ou grande porte? De acordo com a altura que aquela espécie venha a atingir. Serão de pequeno porte as árvores que crescem de três a cinco metros de altura; médio porte as compreendidas entre seis e dez metros de altura e grande porte àquelas acima de quinze metros de altura.
As mudas devem ser plantadas a pelo menos meio metro do meio-fio e a distância entre as árvores deve ser de cinco metros entre as árvores de pequeno porte, de oito metros as de médio e doze metros a de grande porte.
E as espécies? Primeiro devem ser observadas as espécies nativas da região, que devem compor 80% (oitenta por cento) do plantio e na sequência analisar quais as mais adequadas ao clima local, para depois decidir, entre elas, a mais adequada para o plantio.
Se plantada em áreas com rede de energia, TV a cabo ou rede e água e esgoto, deverão ser escolhidas as de pequeno porte e de acordo com o Decreto 5144/2012, da Prefeitura Municipal de Cuiabá, as espécies mais apropriadas são: acerola, pitanga, estremosa, ipê-branco, manacá, hibisco, entre tantas outras.
Em calçadas onde não hajam tais redes e com largura para as de médio ou grande porte podem ser plantadas jacarandá-caroba, ipê-amarelo, ipê-roxo, oiti (o campeão de plantação em Cuiabá) e muitas outras.
Considerando que esse tema daria um verdadeiro tratado, tantas as peculiaridades que devem ser consideradas em relação à arborização urbana, vamos finalizar esclarecendo que para um particular podar ou cortar as árvores públicas, deve ser requerida autorização da prefeitura, sob pena de responder civil, penal e administrativamente. A exceção é em casos de situação de risco, quando poderá ser solicitada a poda ou corte ao Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil.

Portanto, respeitada a arborização urbana pelos entes públicos e pelo cidadão que possui árvores em sua residência, estaremos ganhando em qualidade no ar que respiramos, afinal não são só os benefícios estéticos, mas também ecológicos e até mesmo sociais que passaremos a usufruir.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Fica a dica!


     Simmmm...somos um dos países que mais consomem água no mundo! 
     Consumimos diariamente 49,6 litros de água.            Considerando que  todo o planeta Terra tem somente 2,7% de água doce disponível e 67,5% dessa água doce são geleiras...
    Considerando que em 2011 já éramos mais de 7 bilhões de habitantes...
     Considerando que desperdiçamos de 50 a 70% de água todos os dias e olha que o Brasil detém 12% da água doce do mundo...
     Você acha mesmo que esse bem é infinito???
    Façamos nossa parte: vamos nos conscientizar e preservar a água!! 
     O meio ambiente agradece!!

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Vida descartável: o consumismo no meio ambiente urbano

Estragou? Joga fora! Esse é o lema da sociedade atual, onde nada mais se conserta, o consumismo tomou conta não só dos grandes centros, mas também das cidades pequenas, onde os objetos sonhados outrora e adquiridos com nosso labor são descartados facilmente, pois a cultura do “restauro” aos poucos foi sumindo, dando lugar à uma busca desenfreada pelo novo, pelo melhor e pelo dispêndio.
Nossas crianças não se conformam mais em ganhar como presentes carrinhos de rolimãs, piões, bilboquês, entre outros, porque aquilo nunca acaba, e se não tiver fim, não poderá dizer que 'precisa' de outro brinquedo porque aquele quebrou.
Interessante analisar como tais passatempos deram lugar à era digital, onde uma criança de 7 anos quer seu primeiro aparelho celular e não aquela tão sonhada boneca estadunidense famosa no mundo inteiro ou, se menino, aquele carrinho de controle remoto ou seu super-herói com articulações (uau, isso já foi o máximo!).
Esse consumismo é ensinado e praticado diariamente por todos nós, que queremos o celular da última geração, o notebook mais rápido do planeta, o jogo onde você se diverte sem sequer tocar em algum controle, a roupa daquela coleção lançada em Milão, a jóia do ano.
O descartável se tornou mais legal, pois trata-se de renovação constante, seja no seu guarda-roupas ou sua tecnologia, e ele está sendo repassado geração a geração, aumentando ainda mais a quantidade de escravos do consumismo no meio ambiente urbano.
Esses hábitos consumistas aumentam junto com a nossa idade e até que cheguemos à velhice, já teremos produzido uma quantidade de lixo absurda, pois a média diária de lixo gerado por cada brasileiro é de 1 kg e a expectativa de vida do brasileiro é de 75,2 anos, tornando-se a nossa trajetória não uma biografia mas sim um desastre ambiental urbano.
A vida não deve ser descartável a esse ponto! Mais consciência ambiental, menos produção de lixo e que tal começar por uma redução no consumismo?

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Fica a dica!!!

Antes de sair por aí culpando os macacos pela transmissão da febre amarela, saibam que especialistas explicaram que:
"Quando esses macacos começam a adoecer é uma sirene que está sendo ligada chamando a atenção da população e das autoridades em geral de que naquele espaço onde convivem esses macacos algo estranho está acontecendo. Neste sentido, eles são nossos amigos, nosso protetores. Nunca é demais lembrar que o vírus é transmitido pelo mosquito. Tanto no ambiente silvestre quanto em um ambiente urbano. Não há a transmissão direta de um animal doente ou de uma pessoa doente para outro animal ou para outra pessoa", afirmou Rivaldo Venâncio, coordenador de Vigilância e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Vamos aprender e corrigir essa informação.

Fica a dica!!!

Fonte: G1

terça-feira, 25 de abril de 2017

Prêmio Nacional da Biodiversidade


Foram divulgados ontem os 17 trabalhos finalistas do Prêmio Nacional da Biodiversidade.

A votação eletrônica começa no próximo dia 02/05 e a cerimônia de entrega ocorrerá em Brasília dia 22/05 - Dia Internacional da Biodiversidade. 

Para maiores informações acesse o link abaixo:

http://www.mma.gov.br/biodiversidade/premionacionaldabiodiversidade



A qualidade de vida no meio ambiente do trabalho

A qualidade de vida no meio ambiente do trabalho é tema pouco difundido nos órgãos públicos, embora sua existência seja datada da segunda metade do século XVIII, quando começaram a ser formadas as sociedades de massa e estas enxergaram o quão degradante estava o ambiente de um trabalhador, sem qualquer direito preservado, servindo apenas ao exacerbado culto ao capitalismo que se instalara.
Ainda nos dias atuais, fala-se muito em qualidade de vida, mas não se age na mesma proporção e o reflexo dessa inércia é demonstrado por meio das relações interpessoais, desobediência hierárquica, falta de motivação, dentre outros tantos exemplos.
Mais do que uma análise legalista, necessário se faz um estudo social do ambiente laboral em que vivemos. As empresas, sejam públicas ou privadas estão em constante mudança, hoje quase tudo é proibido, sendo permitido somente o que lhes convêm. Aonde querem chegar ninguém sabe, o que se sabe é que nunca foi tão propício expandir o conhecimento sobre o que é a qualidade de vida no meio ambiente do trabalho.
O ambiente de trabalho é o local onde as atividades laborais são desenvolvidas. Nele passamos mais tempo se levarmos em consideração nossa rotina semanal e se não há equilíbrio ambiental naquele meio, esse desequilíbrio se desenrolará em outros momentos de nossas vidas.
Não pretendo aqui trazer uma visão romântica, mas tão somente fazer uma breve explanação que a qualidade de vida no meio ambiente do trabalho é necessária e possível, afinal, mais do que um direito fundamental de terceira geração, o meio ambiente está intrinsecamente ligado à dignidade da pessoa humana e um ambiente de trabalho saudável garante ao trabalhador maior motivação e dedicação.
Uma revolução dentro dos órgãos públicos também não é meu objetivo, mesmo porque isso não seria justo com os anos de tradicionalismo do método amplamente utilizado na Administração Direta em todo o Brasil, mas preciso consignar que a flexibilização de horários, salas de descanso para aqueles que não saem do ambiente de trabalho nem mesmo no horário de almoço, locais adequados para alimentação, unidade de creche para filhos de servidores, profissionais da área de saúde, ginástica laboral, ações baseadas na ergonomia, adequando-nos às funções que ocupamos, bem como um maior comprometimento em respeito às pessoas, não seria de todo ruim.
Também devemos lembrar que o servidor público é um ser humano, não merece nem poderia ser tratado de forma diferente, mas o que se vê cotidianamente, são notícias de nomeações, exonerações, designações para compor comissões por meio do Diário Oficial, ninguém sequer sentou com o servidor para explanar os motivos daquela tomada de decisão e quando este cai em sua produtividade, entra em depressão e precisa pedir licença, aí sim, é duramente criticado.
Como ter qualidade em um ambiente no qual as pessoas agem dessa forma? A qualidade de vida no meio ambiente do trabalho depende da soma de esforços de todos, precisamos uns dos outros, se o ambiente no qual laboramos nos valoriza e permite que sejamos ouvidos, participemos dos atos e decisões, sejamos assistidos em algumas necessidades fundamentais, vir para o trabalho se torna um prazer, um motivo a mais para permanecermos onde estamos e dessa forma o equilíbrio será facilmente alcançado, pois haverá maior produtividade, satisfação, motivação e a excelência será mera consequência.
A breve ideia do que vem a ser a qualidade de vida no meio ambiente do trabalho foi tema de minha monografia na última pós-graduação cursada e acredito que deve ser implantada e respeitada em todos os órgãos públicos municipais, estaduais e federais.

Marcela Prado

Sejam bem-vindos!

Olá!

É com muita satisfação que apresento-lhes a minha página sobre Meio Ambiente, uma paixão avassaladora que invadiu o meu ser há quatro anos e desde então despertei o interesse pela leitura, escrita e tudo o que envolve esse tema tão rico, mas não menos importante do que nossa própria vivência enquanto seres humanos.

A ideia é publicar meus textos, curiosidades e tudo o mais que houver sobre o assunto Meio Ambiente, independente de qual seja sua faceta: meio ambiente natural, urbano, cultural, do trabalho e patrimônio genético.

Sugestões, críticas e o apoio de cada um de vocês serão sempre muito bem vindos!

Forte abraço,

Marcela Prado